Uma cena comovente e revoltante marcou o último fim de semana em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. Aldenir Luiz Laurentino, de 47 anos, natural do município, foi vítima de afogamento e teve seu corpo exposto ao sol por horas, devido à ausência de um Instituto de Medicina Legal (IML) na cidade.

O caso gerou indignação entre familiares e amigos, que relataram ao Repórter Ligeirinho os momentos de dor e desrespeito enfrentados após a tragédia. Segundo os relatos, o corpo de Aldenir precisou ser carregado por cerca de 8 km por familiares, sob intenso calor, até um ponto onde pudesse ser recolhido e posteriormente encaminhado para perícia.

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Ainda de acordo com os familiares, a Polícia Militar foi acionada na tentativa de intervir na situação, mas não houve sucesso na resolução do impasse. A ausência de estrutura adequada para lidar com casos como este evidencia uma grave falha no atendimento às vítimas e suas famílias, que, além da dor da perda, enfrentam o abandono institucional.

O episódio reacende o debate sobre a urgente necessidade da construção de um complexo científico na cidade, incluindo a instalação de uma unidade do IML. Serra Talhada, como polo regional em crescimento, carece de serviços básicos de perícia criminal e médico-legal, o que acaba por sobrecarregar municípios vizinhos e expõe a população a situações desumanas.

A sociedade civil, entidades e representantes políticos precisam voltar seus olhos para a questão, promovendo ações efetivas que garantam dignidade, respeito e estrutura diante de casos como esse. Acorda, Serra Talhada!