
A gestão da prefeita Márcia Conrado (PT) está no centro de uma nova polêmica envolvendo o destino de recursos públicos em Serra Talhada.
O embate teve início após o deputado estadual Luciano Duque cobrar publicamente, no último dia 5 de maio, explicações sobre o repasse e a aplicação de duas emendas parlamentares destinadas à construção de poços artesianos na zona rural do município.
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O Repórter Ligeirinho teve acesso aos documentos que comprovam o desvio da emenda.
As emendas questionadas são: a de nº 40094, no valor de R$ 290 mil, e a de nº 40093, no valor de R$ 70 mil — totalizando R$ 360 mil em investimentos voltados, originalmente, para garantir acesso à água potável a comunidades do interior.
A resposta da Prefeitura, porém, causou surpresa e revolta em parte da população e da Câmara de Vereadores. Segundo o ofício enviado ao deputado, os recursos não foram utilizados para a construção dos poços, mas sim realocados para obras de requalificação urbana — especificamente, a reforma da Praça do bairro José Rufino Alves, conhecida como Praça da Caxixola.
A justificativa da gestão municipal é de que a praça não passava por reformas há mais de 40 anos, e que a população local esperava por melhorias há décadas. A Prefeitura defendeu a medida como uma forma de beneficiar uma área urbana carente de infraestrutura adequada.
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Contudo, a decisão de redirecionar os recursos sem diálogo prévio com o autor das emendas ou com a população rural beneficiária gerou fortes críticas. O vereador Lindomar Diniz foi um dos que reagiram de forma contundente durante sessão da Câmara.
Segundo ele, “se o governo quisesse pedir recursos para a reforma da praça, era só solicitar, que o deputado com certeza iria destinar verba específica para isso. Não precisava mexer em um investimento que era para a zona rural”.
A situação repercutiu intensamente nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores da prefeita e críticos da medida. Para alguns, a revitalização da praça era urgente e necessária. Para outros, a troca de finalidade dos recursos representa um desrespeito às prioridades já estabelecidas e uma quebra de confiança entre os entes públicos.