Atualizado ás 15h15 deste sábado (14);

A paciência dos moradores de Tauapiranga, distrito de Serra Talhada, chegou ao limite.

Receba as principais manchetes no WhatsApp (Clique Aqui).

Após diversas tentativas de diálogo com a prefeitura e o secretário agricultura Fabinho do Sindicato, a população decidiu arregaçar as mangas e construir, por conta própria, um mata-burro essencial para o tráfego entre as comunidades de Santa Rosa, Riacho do Poço, Ponta de Serra, Timburuna e Jatobá.

A estrutura, que deveria ser responsabilidade da gestão municipal, era aguardada há meses. Segundo os moradores, o secretário chegou a ir ao local para “fiscalizar” o problema, mas nada foi resolvido.

Acompanhe o Repórter Policial Ligeirinho no Instagram e saiba de tudo primeiro!

“Ele veio, viu, e foi embora sem dar nenhuma solução concreta. Ficamos esperando um posicionamento, mas decidimos não ficar mais à mercê da burocracia e do descaso”, declarou um dos líderes comunitários.

As imagens foram enviadas ao Repórter Ligeirinho neste sábado (14).

Estradas mal feitas e lamaçal em dias de chuva

A indignação da população vai além do mata-burro. As estradas que conectam Tauapiranga aos demais distritos foram feitas às pressas e de forma precária, resultando em atoleiros durante o período de chuvas. “Quando chove, é um pesadelo. Carros ficam atolados, pessoas perdem compromissos importantes, e parece que ninguém da gestão se importa”, relata Maria José, moradora local.

A revolta cresce ainda mais quando comparada a outros distritos de Serra Talhada, onde, segundo os moradores, as obras públicas são realizadas com excelência. “A pergunta que não quer calar é: por que em Tauapiranga somos sempre tratados como última opção? Será que só temos direito aos restos?”, questiona João Batista, morador e trabalhador rural.

Sem verba ou sem prioridade?

A justificativa da prefeitura, segundo relatos, é a falta de recursos para atender a demanda do mata-burro e de outras obras no distrito. No entanto, a explicação não convence os moradores, que enxergam um claro desprezo pelo desenvolvimento de Tauapiranga. “Se tem verba para outras localidades, por que não tem para cá? Não somos cidadãos de segunda classe!”, dispara outro morador.

O movimento dos moradores para resolver o problema por conta própria demonstra a força e união da comunidade, mas também expõe o fracasso da gestão pública em atender às demandas básicas da população.

A prefeitura e o secretário de agricultura Fabinho do Sindicato ainda não se pronunciaram sobre a situação até o fechamento desta matéria. O caso escancara a disparidade no tratamento entre os distritos de Serra Talhada e deixa em aberto uma reflexão urgente: até quando Tauapiranga será deixada de lado?